Cada vez mais pesquisas comprovam que a saúde, mais do que genética, é consequência das escolhas e hábitos de vida. Hábitos saudáveis e acompanhamento de saúde preventiva são o caminho para o envelhecimento com qualidade de vida. Porém os homens costumam dar menos atenção à saúde e realizam menos consultas médicas.
Vivemos em uma sociedade onde o masculino está muitas vezes associado à capacidade produtiva e geração de recursos financeiros, além de que há um grande preconceito dentre a própria classe masculina de que se cuidar não reflete masculinidade e virilidade, o que gera grande desconforto entre os que buscam cuidar de sua saúde física, emocional e espiritual.
O medo de descobrir e enfrentar uma doença também influencia em grande parte da população como explicação para não buscar formas preventivas de auto cuidado, bem como a rotina diária de trabalho e falta de tempo.
A Campanha Novembro Azul começa a fim de incentivar os homens a buscarem a prevenção do câncer de próstata, é fundamental que os homens se preocupem com sua saúde e enfrentem com a devida maturidade que a causa merece, superando o medo, preconceito, desconforto ou vergonha.
Pelo menos um em sete homens será diagnosticado com câncer de próstata durante a vida, uma informação que deve ser levada em conta, uma espécie de alerta da Sociedade Brasileira de Urologia de Pernambuco, é que a doença mais comum da próstata não é o câncer, e sim a Hiperplasia Benigna da Próstata, que pode atingir até 80% dos homens com mais de 50 anos, é uma doença que tem tratamento por medicamentos e em último caso, cirúrgico.
As estatísticas mostram que os homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres e entre as causas de morte prematura estão doenças cardiovasculares e infartos, com base nestes auto índices, o Ministério da Saúde começou a desenvolver um trabalho mais efetivo para a saúde masculina, tendo implementado em 2009 a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.
Mas ter uma vida limitada por qualquer doença pode implicar em uma crise de identidade, gerar sentimentos de baixa autoestima, podendo levar o homem a um sentimento de perda do significado da vida, causando uma ferida profunda e dolorosa em sua masculinidade.
Portanto, é fundamental, que essa política seja realmente implementada em sua totalidade e que o homem compreenda que não é super herói e que precisa do autocuidado.