Automutilação, como ajudar quem sofre com este problema.

Adolescentes que se voltam para a autolesão estão realmente pedindo por ajuda. Não podemos interpretar como rebeldia, forma de chamar atenção, moda ou levianidade. Muitos deles sentem uma profunda sensação de estarem sozinhos com seus problemas, não sabem como reagir frente aos seus sentimentos e encontram em grupos de influencia a automutilação como forma de transferir a dor do coração para uma parte do corpo, acreditando ser uma forma de alívio para o que estão sentindo.

Sinais de como identificar e reconhecer quando uma pessoa está vivenciando este conflito:

  • Machucados ou cicatrizes sem explicação.
  • Vestir roupas demais constantemente, mesmo quando o clima ou a ocasião pede por um vestuário diferente.
  • Alegar acidentes constantes (para justificar machucados e cicatrizes).
  • Manchas de sangue aparecendo nas roupas ou outros lugares.
  • Alterações de humor ou comportamento, como isolar-se ou parecer deprimido ou irritado.
  • Períodos longos de silêncio.

A automutilação tem causas complexas, é difícil de parar e é um sinal de que a ajuda é necessária.

O período da adolescência pode ser cheio de ansiedade e experiências extremamente difíceis, vivencia-se conflitos internos enquanto buscam respostas a perguntas sobre sua identidade, o significado da vida e as leis que a governam, se tornam questionadores quanto aos padrões familiares e sociais.

A autoagressão é uma tentativa desesperada de lidar com a dor mental. A dor física ajuda momentaneamente a redirecionar a atenção do sofrimento emocional.

O corte e outras formas de automutilação (considere não somente o corte, mas arranhar a pele, queimar a pele, gravar palavras ou símbolos na pele, perfurar a pele com objetos afiados, quebrar ossos, bater-se ou socar-se ou bater a cabeça, morder-se, puxar os próprios cabelos, puxar as cascas ou interferir na cicatrização de feridas, beber algo venenoso, como detergente ou água sanitária),são procurados como um meio de aliviar o estresse e dar uma ilusão de algum tipo de controle sobre uma situação da qual eles não podem ver uma saída, semelhante ao álcool ou outras drogas para os dependentes.

A autoagressão física é às vezes um “ensaio” de suicídio. Ela manifesta uma extrema falta de auto aceitação, ou um sentimento de que os problemas que alguém está experimentando são insuportáveis.

Também pode ser uma tentativa de lidar com a raiva que eles não encontram outra maneira de expressar, nomear e usar construtivamente. Mutilando-se, os adolescentes voltam sua raiva contra si mesmos.

Os adolescentes querem ser ouvidos, acolhidos e acalentados. Muitas vezes precisam de alguém que não faça críticas, mas que os aceite como são.

A autoflagelação é um sinal de que é necessário falar sobre sentimentos e dificuldades. É um grito silencioso por ajuda.

Para ajudar uma pessoa que sofre deste problema, é necessário que se reflita sobre os sentimentos que a descoberta causa e de que forma impactam você para que isso não interfira de forma negativa, causando sensação de julgamento ou acusação. Procure ouvir com a cabeça aberta, mostre empatia e ofereça ajuda para procurar um profissional especializado no assunto, por trás da automutilação podem haver problemas relacionados a depressão, estresse entre outros.

Precisamos ajudá-los, informe-se e procure aconselhamento psicológico.